Você recebeu um laudo de ressonância, ouviu palavras como “hérnia extrusa”, “estenose” ou “artrose severa” e imediatamente veio a pergunta: “Vou precisar operar a coluna?” Esse medo é compreensível, e infelizmente é alimentado por desinformação ou diagnósticos apressados.
Cirurgia de coluna: último passo, não primeira opção
A medicina baseada em evidências é clara: menos de 10% dos casos de dor lombar necessitam cirurgia. Ainda assim, muitos pacientes chegam à Alphaclinic, em Alphaville, após ouvirem de forma precipitada que só a cirurgia resolveria. E o mais alarmante: alguns sequer tentaram um protocolo conservador completo.
Um estudo publicado no “Journal of Bone and Joint Surgery” apontou que pacientes com ciática por hérnia de disco têm evolução semelhante após um ano, independentemente de terem feito cirurgia ou tratamento conservador, desde que este seja bem conduzido.
Erros comuns: operar pelo laudo, não pelo sintoma
- Nem toda hérnia de disco com aspecto grave no exame precisa de cirurgia. O tamanho não define gravidade.
- Ressonância mostra estrutura, não mostra dor. O exame precisa ser interpretado junto ao exame físico.
- Diagnósticos como “desgaste”, “bico de papagaio” ou “hérnia velha” não justificam cirurgia por si só. Muitos pacientes convivem com essas alterações sem dor.
A polêmica: excesso de indicações cirúrgicas
Estudos apontam que mais de 25% das cirurgias de coluna nos EUA poderiam ser evitadas, segundo pesquisa publicada na revista “Spine” (2013), que avaliou a taxa de concordância entre primeiras e segundas opiniões em indicações cirúrgicas para dor lombar crônica. com segunda opinião e reabilitação adequada. O que dirá em sistemas menos regulados?
Infelizmente, ainda há profissionais que baseiam a decisão apenas no exame de imagem, sem levar em conta o tempo de sintomas, resposta a terapias, quadro funcional e preferências do paciente.
O que define se o caso é cirúrgico:
- Dor incapacitante persistente mesmo após tratamento conservador bem conduzido
- Perda de força progressiva, formigamento severo ou alteração de esfíncteres (urgência cirúrgica)
- Falha comprovada de terapias minimamente invasivas (radiofrequência, bloqueios, reabilitação)
Alternativas reais à cirurgia da coluna
Na Alphaclinic, muitos pacientes evitam a cirurgia com um plano estruturado que inclui:
- Bloqueios diagnóstico-terapêuticos guiados por imagem, que ajudam a confirmar a origem da dor
- Reabilitação ativa supervisionada com metas funcionais reais, não apenas alívio temporário
- Radiofrequência ou rizotomia, que tratam com precisão dores articulares crônicas
- Suporte nutricional e anti-inflamatório, com foco em sarcopenia, peso e inflamação de baixo grau
A combinação de terapias conservadoras pode ter resultados equivalentes à cirurgia em muitos casos de dor lombar, com menor risco e recuperação mais rápida.
Conclusão: antes de operar, busque um plano claro
Se você quer saber se seu caso é realmente cirúrgico, o primeiro passo é passar por uma avaliação com especialista que una exame físico, imagem e análise funcional. No Nucleo Alphaclinic, em Alphaville, você encontra um time experiente que trabalha com evidência, escuta e estratégia individual.
Evite decidir com base no medo. Decida com base em um plano estruturado, orientado por um especialista. Agende uma avaliação no Nucleo Alphaclinic e descubra se realmente precisa operar ou se existe um caminho menos invasivo e mais seguro para o seu caso.
Dr. [Rodrigo Almeida Cunha]
especialista em coluna / cirurgião do grupo de coluna do hospital das clinicas de sp ( USP )
Atua em Alphaville com foco em tratamentos minimamente invasivos, reabilitação personalizada e longevidade funcional da coluna.